quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Tensão

Não quero achar que você vai se apaixonar se um dia me reencontrar.
Mas eu sempre me pego achando.
Não quero, em momento nenhum, acreditar que vamos ter um "novo" relacionamento. Por mais superficial que ele seja.
Mas me pego montando uma roupa para usar quando for te encontrar.
Não quero saber da sua vida amorosa.
Mas entro no seu perfil várias vezes o dia inteiro.
Não quero jamais sentir saudade da sua companhia. Saudade do encaixe que meu corpo tinha com o seu corpo.
Mas me vejo abraçando o travesseiro, desejando até com a alma que você volte.
Não entendo o porque ainda estou nessa história, querendo ou não, já se vão 2 anos nessa paranóia.
Mas dizem que o amor é assim mesmo.
Não quero te amar.
Mas talvez eu ame muito. Muito, ao ponto de não conseguir enxergar ninguém ao meu redor.
Talvez isso nem seja amor. Pode ser apenas uma vontade não atendida, e mimada como sou, não consigo engolir esse desafeto.
Não quero saber se você lembra de mim.
Mas me questiono o tempo todo se você lembra do nosso "meio namoro". Se você também tem saudade...
Me pergunto o tempo todo se essas questões podem ser resolvidas e só me vem na cabeça o momento que vou poder te abraçar de novo.
Concluo que relacionamentos são uma merda, que se eu não posso ter alguém que eu gosto por perto, é porque nada mais na vida tem sentido.
Isso acaba com as minhas esperanças de um mundo melhor.
Como vou me apaixonar de novo, se as pessoas ao meu redor são vazadas e não me interessa preenchê-las? Tenho uma preguiça gigante das pessoas.
Como fugir da mesmice se tudo e todos são sempre tão iguais?
Paro, percebo que há tempos estou nesse dilema e desisto de tudo.
Inclusive de você. Mas temo que essa decisão dure apenas alguns minutos, como acontece com frequência.

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