terça-feira, 28 de abril de 2009
Até o fim
O chato de um querubim
E decretou que eu tava predestinado
A ser errado assim
Já de saída minha estrada entortou,
Mas vou ate o fim,
Inda garoto deixei de ir à escola,
Caçaram meu boletim
Não sou ladrão eu não sou bom de bola,
Nem posso ouvir clarim
Um bom futuro é o que jamais me esperou,
Mas vou até o fim.
Eu bem que tenho enssaiado,
Progresso virei cantor de festim,
Mamãe contou que eu faço um bruto sucesso
Em que cheira mobim,
Não sei como o maracatu começou,
Mas vou ate o fim.
Por conta de umas questões paralelas,
Quebraram meu Bandolim,
Não querem mais ouvir as minhas mazelas
E a minha voz chifrim,
Criei barriga minha mula empacou,
Mas vou até o fim,
Não tem cigarro acabou minha renda
Deu praga no meu capim,
Minha mulher fugiu com o dono da venda
O que sera de mim?
Eu já nem lembro pronde mesmo que vou,
mas vou ate o fim.
Como já disse era um anjo safado,
O chato de um querubim que decretou
que eu tava predestinado a ser todo ruim,
Já de saída minha estrada entortou,
Mas vou até o fim.
> Chico Buarque <
Constante mutável
Não quero mais essa visão "careta" das coisas, me sinto num "clipe sem nexo, pierrot retrocesso, meio bossa nova e rock in roll" e não dá mais para manter esse ceticismo mimado. Essa sequência de emoções baratas que não me fazem mudar. Não servem para nada!
Está decidido, nessa condição de refém da própria vida eu não vivo mais. Pode ser que outras idéias venham para mexer com tudo. Mas eu estarei aqui, meio-a-meio mas pronta para decidir mais coisas para ver se essa minha vida começa a fazer algum sentido. Pois hoje entendi que "as coisas estão no mundo só que eu preciso aprender".
domingo, 26 de abril de 2009
sexta-feira, 24 de abril de 2009
Acusações de uma sonhadora morta
Pode ser que eu tenha esperado demais, e talvez esse seja um dos maiores defeitos que eu tenho. Esperar demais das coisas e das pessoas. Deixar de lado os velhos prazeres para esperar por um prazer que não existe além dos limites do meus desejos e pensamentos.
Tá difícil, confesso. Mas o que posso fazer?
Chorar não vai formar uma correnteza suficiente para te arrastar até mim. Achar que a vida é uma merda não vai desfazer a merda que essa vida é. Cheia de belezas, é claro, mas cheia de contratempos e completudes que nem conseguimos imaginar. Perder a esperança só vai me deixar mais amarga e mais descrente, vai me tirar o prazer de sonhar acordada, de sonhar tudo o que eu quero e o tanto que posso. Realmente não tenho nenhuma atitude lúcida a tomar.
O jeito é encarar a angústia que é esperar um sinal de vida, um sinal de carinho que seja. No mínimo, esperava um sinal de consideração, de uma pessoa que nunca quer ser vista como pouco "qualquer coisa", mas nem isso!
Nem me permito a pensar em erros. Eles nem poderiam ter existido. Tudo simplesmente aconteceu na minha cabeça só, e hoje eu carrego esse peso da desilusão, que na verdade aconteceu só comigo. Só eu me iludi, só eu posso ter me decepcionado, só eu sou culpada pelo fracasso das minhas esperanças. Só eu esperei, e foi só eu que acreditei.
É capaz que pra você essa seja mais uma história com mais uma menina, e é exatamente isso mesmo! Eu que me fiz em um conto de fadas mais uma vez, que me fiz feliz e agora me faço um nada. Me faço esse vazio que é ter um sentimento sufocado, calado e amordaçado pelos impasses da vida.
Você também é somente mais uma história de "faz de conta" fracassada com mais um menino que tinha tudo pra ser um príncipe mas se porta como um caçador.
E só por eu conseguir enxergar isso eu acho que ainda tem esperança nessa história... E isso me dá medo mais uma vez! E eu acho que vai começar tudo de novo! E essa mesmice é um saco!
quinta-feira, 23 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Amelie Poulain
segunda-feira, 20 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
www.personare.com.br
Se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro!
Mercúrio na casa 8
O período que vai de 17/04 (Hoje) até 23/06 envolve a passagem do planeta Mercúrio pela oitava casa do seu mapa de nascimento. Esta é uma fase em que você aprende de fato que se a palavra é de prata, o silêncio é de ouro. É um momento em que é mais conveniente manter-se numa posição recolhida, observando e mantendo-se numa quietude estratégica, avaliando o meio em torno de si e as circunstâncias. A observação é seu melhor aliado neste período. Além disso, as suas opiniões podem causar um impacto altamente transformador no mundo e na mente dos outros, neste momento. Mercúrio em trânsito pela oitava casa concede a você a capacidade de sondar mentalmente as coisas e as pessoas. Você também estará provavelmente mais capaz de realizar investimentos materiais certeiros e estudar um pouco mais a respeito de formas para engrandecer seu próprio patrimônio.
Esta pode ser uma fase em que você se percebe mais consciente das coisas em sua vida que mais lhe incomodam. Os problemas, limitações e deficiência pessoais tendem a ficar muito mais claras. Obviamente, o que você fará com este conhecimento dependerá da sua maturidade. Algumas pessoas ficam simplesmente deprimidas, ao se perceberem pensando (ou repensando) a respeito de coisas que as incomodavam. Outras pessoas aproveitam esta fase para iniciar - ou dar um impulso maior para isto - um movimento de auto-análise crítica ou terapias. E este é o real propósito de Mercúrio: ampliar a atenção que a pessoa dá no que diz respeito aos pontos deficitários de sua existência, a fim de encontrar soluções práticas para tais problemas. De todo modo, cuidado com o exagero deste processo auto-analítico: se você não tomar cuidado, se perceberá tão somente vítima de pensamentos obsessivos e negativos demais neste período.
A oitava casa é também a casa da sexualidade. Assim sendo, uma super-preocupação com a própria sexualidade será realmente possível nestes próximos dias, assim como é provável que as suas fantasias aumentem substancialmente. Aproveite isso!
> se eu já sou escrava dos meus pensamentos críticos, ixi... agora fudeu! <
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
O que sinto não é parecido com nada que já senti. Não é igual a nada que já tenha passado pela minha cabeça. E também não é aquela novidade que por mais que seja novíssima, eu tenho uma "percepção". Sempre tive essas "percepções" para tudo. Sempre. É como um sexto sentido que me anuncia certas coisas. Não são previsões, são anúncios.
Essa é a primeira vez que não me vem nada. Eu olho e não enxergo nada. Não que algo vá dar errado, eu só não consigo imaginar o que pode acontecer. E isso me dá um misto de medo e esperança calma. E uma angústia aconchegante. Um enjôo faminto.
Tenho vontade de ir até a última gota em um instante, e em outro tenho vontade de sair correndo e me trancar no meu mundo. Aquele que só eu tenho a chave. Aquele em que eu sou a única sobrevivente. Eu e meus bichos, é claro!
Você faz isso. Chega do nada, mete o pé na porta, escancara minhas verdades e minhas mentiras, se esbanja no sofá e ainda ri. Aquela risada gostosa que é sua. Sua risada me tira o peso de ser séria, de ser exata. Só tenho vontade de rir e desejar que tudo se exploda. É isso o que você faz comigo.
Você me enche de sentimentos que eu não imagino qual seja o nome. E você não me empresta o dicionário. Você exige que eu viva todos eles, mesmo sem saber o que são. Eu nunca fiz assim. Minha audácia se sucumbi a minha prudência. Sou aquela louca consciente manja? Aquela que sabe que tá fazendo merda e que ainda se tortura no dia seguinte? Então...
Já com você por mais que eu esteja fazendo merda eu não consigo perceber. Com você eu apenas vivo. Eu sou apenas o que quero. Sou minhas vontades, minhas derrotas e tudo o que eu quiser na hora que eu quiser.
Normalmente é difícil me dar asas, é difícil eu aceitar um outro ser me mostrando tudo isso. Não consigo aceitar que te encarar é ver essa imensidão que eu me torno. Essa extensão de alguém que eu não reconheço em mim, tomando conta de tudo o que eu sempre tive certeza e me fazendo engolir que eu não tenho certeza de absolutamente nada que venha de mim ou de qualquer outro ser ou lugar do mundo.
Qual é mesmo o nome disso tudo?
Por enquanto
Até quando vamos levar as coisas no só "por enquanto"?
Eu abri mão dos meus "por enquanto's", deles eu só quero os sonhos... O resto, pra mim, é folclore!
terça-feira, 14 de abril de 2009
Quando a vida me pede um pouco mais de calma
Você já sabe, eu sou do tipo que grito e bato a porta. Andar devagar e ouvir as pessoas pra mim é uma novidade e diria que até um sacrifício, mas estou tentando.
Minha vontade realmente é ligar e falar um monte, perguntar o que ele sente de verdade e marcar um casamento ou decretar o fim de tudo (tudo o quê mesmo?? Ah... os beijos esporádicos e a amizade disfarçada? Hun...). Mas aí eu lembro: estou tentando.
Estou tentando ir pelo caminho das pessoas seguras, o caminho onde as pessoas esperam as outras demonstrarem os sentimentos, esperam as explicações surgirem, sem ninguém precisar colocar o outro na parede.
É um caminho mais feliz, eu percebo. Feliz porque as pessoas realmente não buscam explicações, elas fazem suas vidas independentes dos terceiros e quartos que podem vir. Elas vão e fazem, não se preocupam se o fulano gosta ou só gosta um terço. Eu não faço, não ajo sem ter tudo certinho (e esse certinho é só na minha cabeça). Mas tudo bem, eu estou tentando.
E é bom tentar algo novo, adoro coisas novas. E é bom ver que as vezes eu também consigo ter atitudes novas e pensamentos novos e um monte de sentimentos novos. Acho que até a minha risada está com um tom de novo. Sabe aquele tom de risada descompromissada? Pois é...
E eu acho que "descompromisso" é a palavra de ordem nesse momento da minha existência. Compromisso nada mais é do que um contrato que eu assino com alguma outra parte interessada, mas é importante lembrar que eu mesma assino, ou seja, se eu quiser eu "desassino"! É simples!
Só preciso lembrar disso em meio aos meus surtos de criança mimada, ou de adolescente em fúria, ou aqueles de mulher aos 30 que não é comida há 10 anos (isso porque eu tenho 20).
É simples... bem simples!
segunda-feira, 13 de abril de 2009
sábado, 11 de abril de 2009
Brisa que vem com a brisa
Mania chata essa de achar que tudo o que eu faço tem algum sentido e que eu devo entendê-lo. Balela!
Penso e falo milhões de coisas sem sentido, não tem o que entender. Mas eu me penalizo por isso. E só depois de muito quebrar a cabeça eu lembro que nem tudo que acontece comigo eu consigo explicar.
Aí eu fico mais calma... e vejo que às vezes até existe um sentido, mas talvez eu não esteja "preparada" para saber. E que eu posso, mesmo assim, continuar sendo eu mesma meio louca, meio chata e ser feliz assim.
É isso que eu quero. Não preciso me entender, mas preciso entender que o importante é estar bem. E querer o bem.
=D
Carta do dia: Rainha de Copas
A Rainha de Copas surge como arcano conselheiro neste momento de sua vida, Anne, chamando sua atenção para a importância de utilizar a sabedoria das experiências vividas em sua existência neste momento. A vida humana é, na maioria das vezes, uma roda incessante de repetições. É quando finalmente paramos para entender melhor o que tanto se repete em nossas existências que é possível dar um salto e amadurecer. Acima de tudo, procure escutar as pessoas ao seu redor, não necessariamente para segui-las, mas para entender melhor o ponto de vista delas. A Rainha de Copas também vem lembrar que a maior parte de seus problemas neste momento pode ser superada a partir de uma atitude persistente, paciente e prudente. Há momentos em que a melhor estratégia é a indireta, sem confrontos objetivos. Siga “comendo pelas beiradas” e você terá mais sucesso do que se tiver muita pressa.
Conselho: Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
> www.personare.com.br <
Era exatamente isso que eu precisa "ouvir" hoje
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Dúvidas de alguém que não quer saber mais de nada
Acreditar em quem? Se as pessoas não se dão credibilidade?
Fazer o quê? Se tudo está corrompido?
Sempre acreditei no amor. Mas o que é o amor, senão um sentimento criado por nós?
Nunca tive tanta certeza de que nada é o que se quer. Essa balela de que nós fazemos a nossa vida... Quem ia querer uma vida assim? Quem quer ser chutada por todos os lados?
Destino pré-determinado pra gente aprender com a vida? O que eu vou aprender com esse sentimento horrível que é se sentir abandonada por todos?
O que aprender com esse tédio?
Mudança? Como? Se todos e tudo é tão igual?
Nada é como a gente quer. Vou começar a querer só desgraça pra ver se muda. Porque ficar desejando o amor, a amizade e todos os sentimentos bons que a vivência pode me proporcionar, só me deixa mais amargurada e entendiada.
Não sei mais o que querer.
Só quero me enterrar num buraco por uns anos ou pela eternidade... Só isso.
Não quero mais essa esperança que mora em mim, essa vozinha que me diz o tempo todo que tudo vai dar certo. Nada dá, nunca!!
Desisto. Descobri que esse é o meu limite.
Não ter raiva das pessoas? Como? Se elas imploram, se rastejam e fazem o possível para serem odiadas?
O que custa ser verdadeiro e falar o que se quer falar e não o que as pessoas querem ouvir?
Todos vocês acabam comigo assim. É só isso que tenho a dizer.
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Maior Abandonado - Barão Vermelho

Eu tô perdido
Sem pai nem mãe
Bem na porta da tua casa
Eu tô pedindo
A tua mão
E um pouquinho do braço
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas poções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam
Eu tô pedindo
A tua mão
Me leve para qualquer lado
Só um pouquinho
De proteção
Ao maior abandonado
Teu corpo com amor ou não
Raspas e restos me interessam
Me ame como a um irmão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam
Migalhas dormidas do teu pão
Raspas e restos
Me interessam
Pequenas poções de ilusão
Mentiras sinceras me interessam
Me interessam, me interessam
Estou pedindo
A tua mão
Me leve para qualquer lado
Só um pouquinho
De proteção
Ao maior abandonado
> Composição: Cazuza e Frejat <
EUs
Claro que depois desse caos todo estarei sozinha, e assim me mantenho.
Não tenho vontade de ser você, mas você me passa algo tão suave e leve que daria tudo para me sentir assim, nem que por alguns minutos. Normalmente me sinto curvada, são muitos os pesos que carrego e a maioria fiz questão de acorrentar à mim. São pesos que acho que devo carregar.
Sempre assim... eu, minha fé e meu monstro. E todos sou eu.
Eu decidi ser assim e eu simplesmente tem que aceitar. Não adianta fugir porque eu sempre sabe de tudo. Não adianta explicar que eu é teimoso, não escuta ninguém, só eu. Eu luta contra eu e para eu sair dessa batalha, eu vai ter que ceder. Ou vamos ficar assim. Porque pelo o que eu já conheço, eu e nem eu vão querer mudar.
quarta-feira, 8 de abril de 2009
O que fazer:
Foda-se essas meninas lindas e meigas que exalam doideras, inteligências e perfume.
Foda-se.
Eu sou assim!!!
Melhorar é preciso a vida toda, mas não se marginalizar pô!
Fazer novas amizades quando achar que se deve fazer de verdade.
Querer as coisas com o coração e ir até o fim.
Não inventar situações só para não poder enfrentar outras.
Pensar nisso!!
Você quer ser jornalista mesmo?
Então beleza, seja de verdade!!
Você não quer ser uma menina idiota?
Então vai!!! Se mostra como você é, sem medo!
Sem medo!!!!!
Ela e a tristeza
Eu vi a sua tristeza. Eu senti a sua tristeza, como já não sentia há tempos.
Esquisito é pensar o que o amor nos traz, ou melhor, a falta dele. Se apaixonar é muito fácil, é quase cômodo, ainda mais quando o causador desse sentimento é um cara “maduro”, bem resolvido, estruturado, bacana, cheio de vida. É quase impossível não se dedicar de corpo e alma à alguém assim. Eu sei. Já conheci essas pessoas.
Sua tristeza é íntima e difícil de expor, uma tristeza que muitos acham que nem está lá, jamais deveria estar. Afinal, se ele foi um cachorro insensível merece o rompimento. Essa opinião é geral e eu até a compartilho em algumas situações, mas entendo o quanto é difícil simplesmente chutar o príncipe encantado para fora de nossos sonhos.
Pensamos, nos questionando de forma cruel: “Ele sempre foi gentil, amoroso, como mudou de repente? Será que é tudo um mal entendido? Mas se é, porque ele não vem me pedir desculpas, dizer que eu sou louca, entendi tudo errado? Porque ele se limita a dizer ‘se você quer assim, tudo bem’?”
É, realmente ele não merece o perdão ou sei lá qual o nome disso.
Ela não sabe culpá-lo, não consegue odiá-lo, ou pelo menos odiar o fulano que mentiu, humilhou, traiu. Ela só consegue sentir saudades e um vazio no peito que grita o seu nome o tempo todo e esse grito ecoa por todo o seu corpo. O dia inteiro ela ouve, sente e pulsa esse pedido. Suplica para estar ao seu lado novamente.
Isso é um erro? Muitos dizem que sim. Mas como dizer a mesma coisa se já passei por isso e sei que essa sensação sempre vence? Sempre nos submetemos aos seus pedidos. O amor tem esse poder de nos fazer fantoches dos nossos desejos. Ou diria dos desejos do nosso amor?
Ela sabe o tempo todo que se ele ligar, mandar um e-mail ou até uma mensagem curta ela se dará a oportunidade de conversarem olho a olho, de se abraçarem, de estarem juntos novamente. Confessa, muito sem graça, que até pediria perdão por ter feito uma tempestade num copo d’água, admitiria que o ciúme dominou seus sentidos.
Mas não. Ele não liga, não escreve nenhum e-mail, e muito menos uma mensagem. Ela se questiona sobre o que pensar. Dizem que “quem cala consente”.
Essa tristeza que ela sente é imperceptível e intolerável, mas eu sei que ela está lá. Eu já a senti. É aquele misto de fracasso com esperança doentia.
A dificuldade normalmente é perdoar, mas nesse caso o que mais se quer é perdoar e a pessoa não quer ser perdoada. Não tem o que fazer. O jeito é agüentar o tranco e superar a tristeza aos poucos. Ouvir menos o que as pessoas tem a dizer sobre o que devemos fazer e começar a desenvolver um amor próprio muito mais forte que antes. Um amor por si mesma que supera todas as vontades de amor alheio, toda a submissão que teima em nos perseguir. Um amor próprio tão próprio que a única frase que ecoará no íntimo é aquela que nos faz acreditar que superamos tudo, só não superamos a nós mesmas. E isso é um alívio porque, como eu já disse, eu sei exatamente o que ela está sentindo.
terça-feira, 7 de abril de 2009
Metade
Não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito
Mas a outra metade é silêncio.
Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo.
Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço
Que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada
Porque metade de mim é o que eu penso e a outra metade é um vulcão.
Que o medo da solidão se afaste, que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso
Que eu me lembro ter dado na infância
Por que metade de mim é a lembrança do que fui
Mas a outra metade eu não sei.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
A outra metade é a canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.
> Composição: Oswaldo Montenegro <
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Cada um é um mundo
Bianca Rosolem
> www.paginadois.com.br <
Infinito Particular - Marisa Monte
O meu termômetro, o meu quilate
Vem, cara, me retrate
Não é impossível
Eu não sou difícil de ler
Faça sua parte
Eu sou daqui, eu não sou de Marte
Vem, cara, me repara
Não vê, tá na cara, sou porta bandeira de mim
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
Em alguns instantes
Sou pequenina e também gigante
Vem, cara, se declara
O mundo é portátil
Pra quem não tem nada a esconder
Olha minha cara
É só mistério, não tem segredo
Vem cá, não tenha medo
A água é potável
Daqui você pode beber
Só não se perca ao entrar
No meu infinito particular
> Composição: Arnaldo Antunes, Marisa Monte, Carlinhos Brown <
domingo, 5 de abril de 2009
Miedo - Lenine
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá
O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão
Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez
Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo
Às vezes nem sei da onde vem o medo, o que o causa, mas mesmo assim o sinto em minhas atitudes. Ele está encrustado nos meus gestos, nas minhas falas e meus pensamentos.
Meu medo me deixa louca, me deixa atordoada, me deixa muda. Com medo tudo piora, as neuroses cotidianas se tornam mostros que não me deixam durmir, a indecisão se torna o tédio e minha cara cansada fica emburrada, fica amarga.
O medo faz eu me sentir pequena, sem vontade ou confiança. Fico cega e sem coordenação, me sinto paralisada.
Estou amarrada nesse medo, sendo asfixiada por ele e não vejo socorro por perto.
Porque será que o amor faz isso comigo? Será que eu sou a única? Sei que todo o ser humano é capaz de amar, mas porque será que pra mim é tão difícil? Quem sofre sou eu. E claro, faço os outros sofrerem também.
Não é bom pra ninguém, mas não consigo mudar! E isso me dá mais medo.
Tô com medo, muito medo!!
sábado, 4 de abril de 2009
Vamos fazer um filme - Legião Urbana
Quero um milhão de amigos
Deve de ser cisma minha
Te ver e ter beleza e fantasia.

Fernando Pessoa
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar...
Alberto Caeiro, em "O Guardador de Rebanhos", 8-3-1914
Depois dos sonhos
Percorro pelos caminhos obscuros do meu coração e pelas maravilhas que a minha imaginação me proporciona.
Sou bicho. Não sei o que fazer, como agir quando os sentimentos afloram.
Estou cansada e esse cansaço anula minha espontaniedade.
Gosto das coisas claras, conversas, mas sei que o ser humano é mutável (principalmente eu). Sempre espero que as pessoas me percebam e me entendam, mas me entender é uma das coisas mais difíceis para mim.
Me sinto na época errada quando se trata de romance.
Não gosto de fazer por fazer, sempre me sinto um ET porque me apaixono por sorrisos, cabelos e ritmos.
Não sei dançar.
Tenho medo dos meus sentimentos, medo de que eles me levem para a escuridão solitária que me habita. Me sinto sufocada por tanto sentimento, mas dificilmente consigo transbordá-los.
Por que tudo tão complicado comigo? Me questiono o tempo todo. E tenho medo que a resposta seja: não é complicado, é apenas esse seu hábito maldito de transformar tudo em ruínas, de não acreditar em ninguém e de achar que tudo é somente o que é.
Peço demissão de mim mesma!
Quero um amor natural, sem jogos e sem precisar sofrer tanto para ser verdadeira. Quero poder falar e fazer tudo o que eu acho, sem me sentir penalizada por isso.
Quero ir embora daqui. E quero logo.
É exatamente isso que eu estou pensando agora.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Oráculo dos Gnomos
Mel cuida de jardins. Ela cria jardins ornamentais que enfeitam a frente das casas, as praças e os canteiros. Mel cuida das flores e plantas e faz os jardins virarem verdadeiras obras de arte. A mensagem de Mel é que você encontrou ou está para encontrar o amor definitivo em sua vida, um amor fiel e duradouro.
Bud cuida do transporte pelas aves. Os pássaros deixam-se usar como meio de transporte, divertindo-se com os gnomos quando eles se agarram e se acomodam entre as suas peninhas para voar de um canto a outro. Esse recurso é muito utilizado quando uma gnoma precisa a luz às pressas no hospital, embora normalmente elas optem por ter seus filhos em casa. A mensagem de Bud é que sua tendência é a de se casar bem jovem. Se você já é casado (a), faça de sua casa um ninho de amor e compreensão, seguindo o exemplo de Bud e Mel, que dedicam-se a amar, ceder e respeitar.
> www.guruweb.com.br <
"E ela me faz tão bem! Que eu também quero fazer isto por ela"
Por que essa cara emburrada se o sorriso mora em você?
Pra quê essa voz mole, essa pressa de desligar, se a nossa conversa sempre foi o motivo da alegria diária?
Por que tantas lacunas, ressentimentos, amarguras?
O que fizemos uma da outra?
Será tudo isso apenas o orgulho? Ou será que a linha se desgastou mesmo?
Na vida, realmente, nunca é tarde??
Só sei que meu coração descompassa quando lembro da gente. Nossa diversão era sermos nós mesmas e tudo era tão leve, tão tranquilo.
Aí vieram os "outros" e amamos demais, sem precedentes, e esquecemos de amar a nós mesmas. Esquecemos de priorizar nosso amor, tão claro na nossa amizade. E foi assim que tudo desabou.

"A gente só queria o amor."
Em que momento esquecemos da nossa música?
A Rita - Chico Buarque
No sorriso dela
Meu assunto
Levou junto com ela
O que me é de direito
E Arrancou-me do peito
E tem mais
Levou seu retrato, seu trapo, seu prato
Que papel!
Uma imagem de são Francisco
E um bom disco de Noel
A Rita matou nosso amor
De vingança
Nem herança deixou
Não levou um tostão
Porque não tinha não
Mas causou perdas e danos
Levou os meus planos
Meus pobres enganos
Os meus vinte anos
O meu coração
E além de tudo
Me deixou mudo
Um violão
quinta-feira, 2 de abril de 2009
EU.
Logo eu.
Ah, que por instinto ou habilidade dificulto, manipulo, distorço meus sentimentos e minhas percepções. Eu que fico pelos cantos me lamentando, sofrendo por ser eu, sem muitas opções.
Eu mesma.
Que não sei me relacionar, não sei me calar, não sei tanta coisa. Que sofro tanto por uma enrascada, uma pitada. Que sou mimada, insensata, fajuta. Que quero sempre o auge sem precisar me mexer. Que brigo tanto com a vida, uma discrepância ao meu ver!
Justo eu.
Que depois de tanto tempo ainda acho que nada existe de verdade, que as pessoas se amam pela metade, que o destino nunca vai curar toda a dor.
E assim sou.
Pensando em tantos tormentos, ao dispor do vento, vi meu coração descongelar. Eu que nunca pensei em menino bonito sendo bom partido, vi você e não pude deixar de desejar. Que coisa esquisita essa nossa vida! Logo eu que sempre deixo tudo passar.
Mesmo sabendo que não sou adequada ou amável, nem muito menos calma e responsável, vejo algo maior: que você veio para encantar, para eu finalmente conseguir respirar, para me tirar as algemas e fazer sonhar.
Eu não sou mesmo tudo que se quer ser. Nem você. E isso, só tenho a agradecer.
Mas gosto tanto que o coração dispara. E talvez para você isto basta.
Só eu.
Vai saber...
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Madame Nova Era
Uhhuull!! \o/
Finalmente!!!