quinta-feira, 2 de abril de 2009

EU.

Eu que não acredito nas coisas. Eu que sempre vi na insanidade uma amiga como as outras. Eu que tantas vezes me fiz pequena, mesquinha e violenta.
Logo eu.
Ah, que por instinto ou habilidade dificulto, manipulo, distorço meus sentimentos e minhas percepções. Eu que fico pelos cantos me lamentando, sofrendo por ser eu, sem muitas opções.
Eu mesma.
Que não sei me relacionar, não sei me calar, não sei tanta coisa. Que sofro tanto por uma enrascada, uma pitada. Que sou mimada,
insensata, fajuta. Que quero sempre o auge sem precisar me mexer. Que brigo tanto com a vida, uma discrepância ao meu ver!
Justo eu.
Que depois de tanto tempo ainda acho que nada existe de verdade, que as pessoas se amam pela metade, que o destino nunca vai curar toda a dor.
E assim sou.
Pensando em tantos tormentos, ao dispor do vento, vi meu coração descongelar. Eu que nunca pensei em menino bonito sendo bom partido, vi você e não pude deixar de desejar. Que coisa esquisita essa nossa vida! Logo eu que sempre deixo tudo passar.
Mesmo sabendo que não sou adequada ou amável, nem muito menos calma e responsável, vejo algo maior: que você veio para encantar, para eu finalmente conseguir respirar, para me tirar as algemas e fazer sonhar.
Eu não sou mesmo tudo que se quer ser. Nem você. E isso, só tenho a agradecer.
Mas gosto tanto que o coração dispara. E talvez para você isto basta.
Só eu.
Vai saber...

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