Eu choro, eu bato, eu xingo. E tudo isso por você. Eu me contorço inteira.
Mas não quero sua compreensão, sua falsa piedade. Quero apenas ser assim. Ser eu. Sem me sentir uma idiota por isso.
Não precisa me mimar, me aceitar, me gostar.
Mas não faça essa cara de menino limpo. Eu sei que você também é podre. Eu sei que você também tem medos, tem traumas. Das meninas românticas, das meninas sensíveis.
Você é mau. Ou pelo menos faz caras e bocas de mau! Mas seus olhos não me enganam, eles são vidros. Te vejo por dentro. Vejo esse menino-homem que não sabe direto para onde está indo. Que sofre.
Você está tão perdido quanto eu. Eu vejo mas não falo nada, nem poderia, você faria aquela cara de quem caga pra mim e diria "como você é infantil". Só. Você é assim.
Eu sou assado. Sou impulsiva, tempestiva, dramática, ambígua. Tenho pensamentos suicídas, homicídas, genocídas. Sou diferente de você. Nem pior, nem melhor.
Se fosse comigo, falaria um milhão de asneiras em 30 segundos e depois 54 palavrões, só para dar ênfase a minha revolta.
Eu sofro sendo assim.
Eu sofro o tempo todo. Eu faço também as pessoas sofrerem.
Me ajude, não me julgue, não me marginalize.
Só preciso de uma conversa sincera, uma cerveja gelada, um bilhar, um maço de cigarros e um abraço amigo.
Só preciso que me olhe e enxergue o quanto estou perdida, envolvida nesses pensamentos e atitudes loucas.
Sou ré confessa, me mostro como sou.
Sou culpada.
O que devo fazer juiz?
sexta-feira, 13 de março de 2009
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